sexta-feira, 24 de julho de 2015

2013



Quem me conhece e me acompanha nas redes sociais, desde os tempos do finado fotolog, sabe que eu gosto de fazer um balanço no final de todos os anos... Em 2013, pela primeira vez, isso ia ser diferente. Na virada de 2012/13 afirmei, na minha retrospectiva, que não tinha expectativas para esse ano. “Não tenho uma lista de expectativas pra 2013. Só que ele seja leve e despretensioso. Que traga paz pro coração e pra alma. Que leve embora as mágoas e traga o arco-íris depois da chuva. E cicatrize as feridas que ainda ficaram pra trás.” E, em sua essência, 2013 cumpriu esse papel. Veio e tava indo embora assim, sem expectativas, leve e despretensioso. Aquele tipo de ano que não te marca nem pro bem nem pro mal... Até que veio a virada de mesa. Em 31 dias, 2013 ganhou um novo significado e, de repente, num piscar de olhos, a vida ganhou sentido de novo. Todo o marasmo sacudido, energia nova pulsando na veia, o sentimento ímpar de realização permeando todas as manhãs. Até acordar cedo e cansada no outro dia passou a ser um prazer.
E agora, olhando pra 2013, percebo o quanto eu precisava dessa dose de ânimo pra enxergar como esse ano foi bom. Ganhei um novo sobrinho/primo logo no começo do ano, que chegou pra encher a minha vida de um amor novo e revigorante (mesmo que à distância). Vi de perto meu afilhado crescer e se desenvolver a cada dia, e ainda tive a sorte de encontrar ele saindo da escola em seu primeiro dia; impagável aquela expressão de felicidade, cheio de novidades pra contar, e eu pude viver isso de perto. Estive presente o quanto eu pude com minhas primas e primos de longe, acho que nunca fui tanto pra Goiânia... Casamentos, formatura, à toa... Depois de tantos anos, até soprar velinhas eu soprei por lá (e muito bem acompanhada)! Formei meu irmão, formei duas amigas, formei primas... Vi o Paul McCartney ao vivo de novo! Vivi 1 mês de “babá” de novo, cuidando e me divertindo com o outro afilhado. Realizei um sonho antigo que mudou muito meu jeito de me ver. Casei dois amigos dos mais amados desse mundo, casei uma prima, casei um primo... Vivenciei todas as etapas dos casamentos que estão por vir de duas amigas. Comecei e acabei uma Pós na área que eu sempre quis. Até o que deu errado fez questão de dar certo logo em seguida. Meu time foi Campeão Brasileiro em 2013 (e o Patético terminou o ano com um mico internacional). Pensa quanta coisa maravilhosa aconteceu e ia sendo ofuscada pela minha total falta de brilho?
Por isso, o meu balanço pra 2013 cabe em apenas uma palavra: OBRIGADA! Obrigada a Deus, por ter guiado minha vida por esses caminhos tão lindos e cheios de amor durante esse ano, por ter reafirmado as amizades que valiam a pena, por ter cuidado de cada detalhe pra que eu pudesse chegar aqui hoje, tão realizada e cheia de novos sonhos. Obrigada por trazer de volta as borboletas!
E pra 2014 eu vou cheia de vontade. Vontade de abraçar o mundo, de encarar o que aparecer na frente, de gastar até a última gota de energia pra fazer aquilo que eu amo, de viver o crescimento dos meus afilhados e “sobrinho”, de viver o grande dia das minhas amigas, de viver os dias normais das pessoas que eu amo... Vontade de ser feliz!
Que venham mais 365 dias!

Aniversário 29 anos


“Ela não tinha certeza sobre o que desejava, mas sabia que tinha de sair e procurar.”
Quem me conhece sabe da minha aversão ao dia do meu aniversário, mas contraditoriamente eu adoro os 30 dias que antecedem o 22 de julho. Começa a bater aquela ansiedade, vem mil ideias para comemorar, rola aquele sentimento de auto-análise acompanhado de uma gratidão imensa pela vida. Então esse ano eu resolvi aproveitar a vibe positiva do mês que antecede as velinhas e estou escrevendo diretamente do dia 22 de junho. Por que você que lê isso dia 22 de julho, pode saber que a vibe hoje não tá tão boa (hahaha).
É super clichê começar falando de como o tempo está passando rápido, como parece que foi ontem que eu fiz aniversário e cá estou eu, de novo, soprando as velinhas. Mas não vejo outra forma de começar a falar que não seja essa: o tempo voou.
Os últimos 365 dias foram gratificantes. Foi exatamente em julho de 2014 que comecei a dar meus primeiros voos solo e desde então me encontro cada vez mais dia após dia. Não é fácil viver daquilo que eu amo, é uma escolha diária que implica na renúncia de várias outras escolhas, mas é recompensador. Assim como é recompensador colher os frutos do que a gente planta.
Nos últimos 365 dias casei duas amigas em cerimônias que vão me marcar pra sempre de tanto amor envolvido. E, falando em amor, ganhei mais um pacote cheio dele, chamado Maria Fernanda. Vi amigas montando suas casas do jeitinho delas, vi amiga montando quartinho de bebê, vi amiga recebendo o tão sonhado canudo. Vi meu irmão embarcando numa aventura linda. Fiz 10 anos de formada e revivi uma parte deliciosa da minha história. Fui tetracampeã do Brasileiro! Trabalhei, trabalhei e trabalhei. Vi muito, vivi menos.
Os últimos 365 dias voaram. Voaram e em algum momento eu perdi o bonde das promessas do último ano, aquelas que fiz sentada na cama no fim do dia enquanto refletia sobre o ano anterior e agradecia a Deus por mais um ano de vida.
Me questionei inúmeras vezes sobre minhas escolhas (e também sobre minhas omissões nas escolhas), me analisei, me busquei e comecei a me re-conhecer na reta final. Re-conhecer mesmo, no sentido de conhecer de novo. Depois de um longo período sem identificar a figura do outro lado do espelho, iniciei um processo de resgate de mim. Não é fácil olhar pra dentro e resgatar parte de uma essência escondida sob “não tenho tempo”, “agora não posso”, “outro dia”. De tanto pó, partes antes tão vivas perderam a forma e se tornaram quase irreconhecíveis. A gente se acostuma a viver o que vem, o que é fácil, o que não dá trabalho. Se acostuma a ser passivo. É desafiador redescobrir os prazeres, aquilo que te renova todos os dias, que te motiva e faz feliz. Relembrar do que gosta, o que completa, o que inunda o coração de alegria. E ainda mais desafiador é sair da passividade para tomar as rédeas das nossas decisões na prática.
Os últimos 365 dias me mostraram o quanto eu sou capaz. Me derrubaram, me levantaram e, acima de tudo, me ensinaram. Me deram perspectiva. Que venham os próximos 365 pra fazer tudo diferente, pra fazer o novo, pra fazer de novo. Pra cuidar do jardim de onde as borboletas sumiram. Pra recuperar o frio na barriga de viver. Pra ser feliz, acima de tudo.
“Na minha experiência, o que acontece com as mulheres ao redor dos 30 anos é o surgimento de um limite que antes não estava lá. A data marca simbolicamente o fim da juventude e o começo irrevogável da idade adulta. Há grandes decisões a serem tomadas. Filhos é uma delas, mas não só. Existe a carreira. O estilo de vida. A relação com o parceiro. Os planos de morar fora. As ambições que serão adiadas, esquecidas ou abraçadas. Existem várias maneiras de ser mulher e é preciso escolher uma delas.” ( http://epoca.globo.com/…/…/noticia/2015/06/crise-dos-30.html)